Por: Sidnei Martins “Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que…

Quarentena estremece casamentos, o que fazer?
Por Claudinei Candido Silva
Você já deve ter recebido pelo celular, piadinhas, vídeos ou áudios satirizando casais que, não estão se suportando durante esse confinamento. E é tudo muito divertido. Mas para muitos casais, essas piadas refletem a mais pura realidade.
Neste momento de quarentena, estudiosos apontam que os resultados futuros desse período, poderão ser; um boom de natalidade; recordes nas taxas de divórcio; ou os dois. A segunda possibilidade já foi percebida pela mídia chinesa, por causa de uma corrida aos cartórios por aqueles que não querem continuar casados, isso ocorreu logo após que o confinamento foi suspenso numa cidade chinesa.
Segundo o Jornal de língua inglesa The Global Times, a cidade de Xi’am, de 12 milhões de habitantes registrou um recorde nas últimas semanas no número de pedidos de divórcio. Ao que tudo indica, mesmo prometendo um ao outro estarem juntos até que a morte os separe, não reagiram muito bem a tanto tempo na quarentena.
Infelizmente alguns casais ainda estão juntos e em paz, porque passam a maior parte do tempo separados pelas atividades diárias, e só se encontram em casa durante a noite, e agora quando são obrigados a conviverem juntos tanto tempo, os problemas começam a aparecer.
Estar com alguém pode ser uma experiência maravilhosa, mas infelizmente nada é perfeito nessa terra. Muitos casais brigam geralmente por coisas desnecessárias e acabam passando dos limites dizendo coisas que não deveriam. Nos dias agitados e tensos de hoje é necessário ter muita paciência para viver com alguém e não brigar com o cônjuge.
E pensando nisso apresento algumas dicas para que esses momentos seja o mais pacifico possível.
- Entenda a motivação das brigas
Ninguém briga por estar bravo ou decepcionado com alguma coisa. Na verdade a motivação das brigas são questões insignificantes. Depois de um dia decepcionante, qualquer coisa pode acender o pavio do barril de pólvora e muitas vezes a explosão é inevitável, num piscar de olhos você poderá estar brigando com seu cônjuge porque ele deixou a toalha molhada em cima da cama, ou porque ele esqueceu de abaixar a tampa da privada. Brigar com o cônjuge pode ser mais confortável em caso de estresse, porque sabemos mesmo que inconscientemente que o perdão estará sempre ao alcance.
“Irai-vos mas não pequeis.” (Efésios 4:26)
- Discutir não é a solução
Procure outras maneiras de acalmar a situação, propondo uma trégua, se talvez seja o momento de ouvir e não o de falar, e procure entender a motivação do outro. Mas se for inevitável brigar não lute para mostrar que você tem razão, e melhor perder a discussão e ter paz, você pode voltar a esse assunto depois quando os ânimos estiverem mais calmos.
“Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” (Rom. 12:21)
- Não ressuscite o passado
Muitos quando percebem que estão perdendo a discussão, partem para o jogo baixo, jogando na cara do cônjuge erros do passado, isso acaba gerando outro problema, juntamente com a magoa e tristeza, talvez maior do que o que gerou a discussão.
“Esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante.” (Fil. 3:13)
- Resolva tudo antes de dormir
É comum diante de uma situação decepcionante um dormir no quarto e outro na sala. O clima de tensão e de discórdia não é saudável, deve haver um esforço na direção de resolver os problemas, pode ser que para um, o problema já foi resolvido mas para o outro não, então é melhor voltar conversar mais um pouco até resolver, ou chegar o mais perto de um acordo e depois ir dormir, sem magoas.
“Não se ponha o sol sobre a vossa ira.” (Efe. 4:26)
- Admitir o erro
É um sinal de maturidade, admitir os erros e se esforçar para não comete-los novamente. E imprescindível para a paz entre o casal, entender que a saúde matrimonial é importante, e admitir erros é indispensável para um futuro sadio.
“Confessai os vossos pecados uns aos outros….” (Tia 5:16)
- Pedir perdão e perdoar
O perdão traz equilíbrio as relações estremecidas, é como zerar o jogo, recomeçar, dar mais uma chance. Não é uma tarefa fácil, temos a tendência de tentar punir o outro ou se vingar para nos sentirmos melhor. Ledo engano, somos humanos e como tal, devemos nos colocar no lugar do outro e nos lembrar que não somos perfeitos e também erramos.
“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; 15 se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas.” (Mateus 6:14-15)
- Quarentena com Deus
A família nesse isolamento obviamente tem mais tempo agora do que em dias normais. Logicamente algumas tensões são inevitáveis e os casais não são estão fora dessa situação. Uma valiosa sugestão seria convidar Deus a participar da família, realizar reuniões para estudo da Bíblia, gastar tempo em oração, e fazer prova daquilo que Deus pode acrescentar a vida familiar.
“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mat. 6:33)

Natural de São Paulo, Educador, Teólogo, Psicanalista, especialista em Capelanias; Hospitalar , Escolar e de Animais Domésticos, Psicoterapia Pastoral, Terapia Cognitiva Comportamental, Terapia de Casais e em Aconselhamento Pastoral. Mais de 30 anos, atuando em Igrejas, escolas, empresas, quarteis, delegacias, presídios, etc.
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